Após mais de 70 dias de paralisação devido à greve nacional das universidades e institutos federais, professores, técnicos e alunos da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) retornaram o calendário acadêmico no dia 3 desse mês de julho. Com o retorno das aulas, foram feitas alterações significativas no calendário letivo para os próximos meses.
Em entrevista ao programa Em Foco, da 92,7 FM Emboabas Mais Informação, Marcelo Pereira de Andrade, Reitor da UFSJ, contou que, com o retorno das categorias ao trabalho, no início de julho, houve uma reunião com o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONEP) da universidade que definiu o novo calendário acadêmico para os próximos semestres, referente ao ano letivo de 2024: “Retomamos as atividades no dia 3 de julho, seguiremos até o dia 14 de setembro, finalizando o primeiro semestre. Teremos um período de recesso, que é o período que nós precisamos para fazer a matrícula dos alunos, processar as matrículas. Também no segundo semestre temos ingresso da segunda turma de alunos que ingressam nos primeiros períodos dos cursos e retomamos as atividades dia 2 de outubro. Vamos até dia 23 de dezembro, temos um recesso, período de férias até para os próprios alunos, a questão das festas de final de ano, e retomamos a 13 de janeiro. E finalizamos o segundo semestre eletivo de 2024, dia 26 de fevereiro, colocando o calendário em dia.”
Sobre os impactos que a greve trouxe para a comunidade, o reitor explica que com o novo calendário acadêmico o ensino não será prejudicado. Porém, os impactos foram sentidos na economia local: “Traz um impacto na cidade. A gente tem alunos aqui na São João del-Rei que são de fora da cidade. Então muitos retornaram para suas casas. Quando acontece isso, deixa de ter circulação, inclusive na questão econômica, deixa de circular. As pessoas já não fazem compras, o comércio para, alugueis que podem ser suspensos, enfim. Traz um impacto. Claro que também temos a formação dos nossos alunos, mas isso a gente compensa no retorno. Nenhum aluno vai ser prejudicado nesse sentido de sua formação. Nós vamos continuar as atividades normais. São impactos que são gerados, mas a gente sabe que acabam sendo inevitáveis em um período de greve.”
Os principais motivos que levaram a instituição a aderir greve foram a luta pela reestruturação dos salários e da carreira dos técnicos administrativos, a recomposição do orçamento das universidades e institutos federais e a revogação de portarias e legislações que retrocedem os direitos dos servidores e gerenciamento das instituições.
A entrevista completa com o reitor da UFSJ, o professor Marcelo Pereira de Andrade, pode ser conferida nas nossas redes sociais, em som e imagem, no YouTube Rádio Emboabas Oficial e no Facebook Rádio Emboabas, ou, ainda, na área de podcast, no emboabas.com.