Diante do Dia Mundial sem Tabaco, celebrado nesta sexta-feira (31), a Fundação do Câncer lançou o #movimentovapeOFF. A iniciativa tem como objetivo conscientizar a população sobre os perigos do uso de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, combatendo a falsa ideia de que esses dispositivos são inofensivos.
A campanha destaca os riscos à saúde que os vapes representam, tanto para quem os utiliza quanto para quem está ao redor. Carolina Amaral, ex-usuária de cigarros eletrônicos, relata sua experiência e os motivos que a levaram a abandonar o vício:
“Eu comecei a fumar vape, eu tinha 17 anos, com a pretensão de parar de fumar, só que foi maior engano da minha vida, porque na verdade eu viciei muito mais. Eu comecei a fumar muito todos os dias, quase que o tempo inteiro era automático. Eu comecei a sentir muito resultado negativo na minha resistência física. Eu sentia dificuldade para respirar, não conseguia a mesma carga nos exercícios, para correr, era uma dificuldade. Aí eu larguei só que não foi um processo fácil. Esse ano eu tive uma pneumonia muito ruim, eu fiquei péssima, só que eu não sei se teve alguma sequela do meu uso de vape durante todo esse tempo.”
Em nota, o Ministério da Saúde adverte que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), que incluem cigarros eletrônicos e outros produtos de tabaco aquecido, contêm quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, tornando suas emissões prejudiciais tanto para o usuário direto quanto para aqueles que estão expostos aos aerossóis. Inclusive, produtos que se dizem livres de nicotina podem conter a substância em sua composição e apresentar emissões nocivas.
Dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) revelam um aumento alarmante no consumo de vapes nas Américas, com um crescimento de 600% nos últimos seis anos.
Apesar da proibição da venda de cigarros eletrônicos no Brasil desde 2009, esses produtos ainda são facilmente encontrados no mercado, tanto em lojas físicas quanto online.
Em São João del-Rei, o Grupo Reviver de Fumantes Anônimos oferece apoio a quem deseja abandonar o vício. Um dos responsáveis contou para a nossa equipe sobre o funcionamento:
“A reunião é realizada através de depoimentos de companheiro, da sua paralisação, tentando paralisar e também de vez em quando eu levo os vídeos mostrando os males do tabaco no corpo humano. Tudo gratuito, não paga nada, também preservamos o anonimato de cada pessoa.”
As reuniões acontecem todas as terças-feiras, às 19h, na Rua Coronel Tamarindo, 244, em cima da Capela São Cristóvão.