Ontem, dois agentes da vigilância sanitária de São João del-Rei acionaram a polícia depois de descobrirem materiais explosivos em um lote na Vila São Paulo.

A princípio, os agentes de endemias foram ao lote em questão, fazer uma verificação acerca de uma denúncia sobre possível foco de dengue, na Rua Guaicurus, próximo ao número 11.

Quando chegaram, viram várias campanolas de ferro jogadas, e dentro delas haviam dinamite.

A polícia militar foi acionado e quando chegou, identificou que se tratava de encartuchados de emulsão, cordel detonante e estopim de explosão.

Diante dos fatos, foi feito o isolamento do local, buscando preservar a integridade física dos moradores e pessoas que passavam pelo local, haja vista que o lote está em um bairro urbano, com várias residências ao redor.

Logo após o isolamento foi acionado o grupamento antibombas da polícia, o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) com sede na cidade de Belo Horizonte.

O grupamento antibomba fez a varredura no local onde foi possível constatar a presença de 48 encartuchados de emulsão, de aproximadamente 200 gramas, da marca Nitrosul, aproximadamente 10 metros de cordel detonante e um rolo de, aproximadamente, 50 metros de estopim.

Os materiais encontravam-se armazenados dentro de uma campanola e estavam úmidos provavelmente devido a chuvas.

Com o objetivo de esclarecer os fatos foi feito contato com os proprietários do lote, um empresário de 38 anos, morador do bairro São Caetano, e outro empresário de 67 anos, também morador do bairro São Caetano.

Os suspeitos informaram que são proprietários de uma empresa que trabalha com furação de tubulões e construção de pontes, e que no ano de 2019 executaram uma obra na cidade de Divinópolis, onde houve o uso de materiais explosivos por uma empresa terceirizada.

Eles não souberam informar a origem dos materiais. Disseram, ainda, que após a conclusão da obra em Divinópolis no ano de 2019, as campanolas estavam armazenadas em um galpão e que há cerca de 45 dias, eles levaram o material para o lote.

Compareceu no local dos fatos a delegada Bruna que autorizou a detonação dos produtos explosivos pela equipe especializada da polícia militar.

O material foi destruído de forma eficaz e segura pela equipe do GATE. Um perito compareceu ao local onde acompanhou os trabalhos.

Os suspeitos, proprietários do lote, foram apresentados à autoridade policial.