“A pobreza menstrual afeta, no Brasil, 28% das pessoas de baixa renda na faixa etária entre os 14 e 45 anos, o equivalente a uma população de 11,3 milhões de habitantes. Uma parcela de 40% dessas mulheres se encontra na faixa etária entre os 14 e os 24 anos. Ressalta-se ainda que a maior parte delas não têm conhecimento de estarem vivendo uma realidade de pobreza menstrual”.
A UNICEF também reconhece que abordar esse assunto é uma questão de direitos humanos e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como por exemplo a erradicação da pobreza, saúde e bem-estar, igualdade de gênero, água potável e saneamento e redução das desigualdades.
A mesma instituição, em parceria com a UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), ainda reforça em seu relatório “Pobreza Menstrual no Brasil: Desigualdades e Violações de Direitos” que não falar sobre menstruação, já é uma jeito de falar sobre ela. Um exemplo é substituir a palavra menstruação pelos termos “estar naqueles dias”, “estar de chico”, etc. Essas expressões contribuem para alimentar mitos sobre o período menstrual e tratar como se fosse algo para se esconder ou ter vergonha, e isso afeta de forma direta as pessoas que menstruam.
Dignidade menstrual se refere ao acesso a produtos, conhecimento e condições de higiene, para os cuidados que envolvem a menstruação.
Em São João del-rei, o programa sangue bom, que tem como objetivo captar e fidelizar doadores de sangue, está realizando, durante o mês de novembro, uma ação solidária em prol da Dignidade Menstrual, coletando, nos campi da Universidade Federal de São João del-rei, doações de absorventes descartáveis.
A doação pode ser feita nos seguintes pontos de coleta:
Campus Santo Antônio (CSA), na portaria principal, pavilhão de aulas e no RU (Restaurante Universitário).
Campus Dom Bosco (CDB) na portaria principal, no pavilhão de aulas e no bloco A do DCNAT.
Campus Tancredo Neves (Ctan), no prédio da computação, prédio da arquitetura e prédio da administração.