Como já previsto, nada de alívio para o motorista são-joanense. Em setembro, sair de casa motorizado ficou ainda mais caro. O preço médio do litro da gasolina fechou em R$ 6,37, alta de 3,24% em relação a agosto. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Levantamento realizado em 23 postos da cidade histórica aponta que o valor mais em conta pago pelo combustível foi de R$ 6,25 e o mais salgado, R$ 6,45.

Segundo especialistas, há vários fatores que explicam a alta desenfreada da gasolina. Os dois principais são o preço do barril de petróleo no exterior e o valor do dólar. A Petrobras, responsável pela venda do produto às distribuidoras, deve pagar o preço internacional por ele, em dólar. O petróleo é uma commodity e depende da moeda americana. Um dólar hoje equivale a cerca de R$ 5,38, de acordo com a cotação.

Também é preciso levar em consideração os tributos estaduais e federais, como ICMS e Cofins, os custos e despesas operacionais de cada empresa, dos biocombustíveis adicionados à gasolina e as margens de distribuição e revenda.

Quem tentou recorrer ao álcool para economizar levou um susto ainda maior. É que o valor do etanol disparou em 5,42%, encerrando seu preço médio por litro em R$ 4,86. A mesma pesquisa promovida pela ANP mostra que os valores pagos na cidade variaram entre R$ 4,75 e R$ 4,98.

Durante este fim de semana, houve uma reunião entre o presidente da república, Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da economia, Paulo Guedes, para discutir soluções para reduzir o preço da gasolina. As propostas levantadas nas tratativas devem ser divulgadas em breve.