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Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito discute o uso de máscaras e a percepção da halitose
27 de setembro de 2021

Foto: Reprodução

A Associação Brasileira de Halitose (Abha) abriu, na última semana, a Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito. O tema deste ano traz uma questão bastante atual: “Uso de máscaras e a percepção da halitose”. Desde quando o uso do equipamento se tornou obrigatório, o índice de pessoas que passaram a buscar pelos profissionais dentistas relatando que estavam sentindo o próprio mau hálito deu um salto.

A cirurgiã dentista, doutora Daniele Lílian, que atua em São João del-Rei, é membro da Abha e especialista em tratamento das alterações salivares e do hálito. Ela explica que em alguns casos, sim, é halitose. Mas em muitas situações o cheiro percebido ao usar a máscara não é do hálito, mas da própria máscara que não é higienizada. “Muitas pessoas estão fazendo o uso inadequado e prolongado das máscaras. O que estavam percebendo era o cheiro dela. Saliva, cheiro de espirro e até de alimento. Às vezes, a pessoa está usando uma única máscara a pandemia toda e nunca trocou ou usa uma semana toda sem higienizar”, destaca.

Ter mau hálito passageiro é normal. Principalmente, pela manhã, ao se levantar; quando se passa longas horas sem comer ou ingerir água; quando se faz o uso de algum medicamento específico; e no caso das mulheres, até o período menstrual pode interferir.

Entretanto, se a alteração do hálito se torna permanente é preciso tratar. Sobretudo porque outro problema de saúde pode estar por trás da halitose. Mais uma razão são as consequências psicológicas. Quem sofre de mau hálito pode, inclusive, desenvolver ansiedade, depressão e ter baixa autoestima.

A doutora Daniele diz que o primeiro passo para o tratamento é investigar as causas que podem ser variadas. “Nós vamos ter as doenças gengivais, as alterações salivares; o cuidado inadequado da saúde bucal; excesso de saburra, aquela camada esbranquiçada que fica na língua. Muitas pessoas não sabem que é preciso limpar a língua; temos também o uso indevido de produtos. Isso gera impacto na cavidade bucal e pode alterar o hálito”, explana.

A partir do diagnóstico, são iniciados os procedimentos adequados e indicados os produtos específicos para o problema. Caso necessário, o paciente é encaminhado, também, para outros profissionais de saúde.



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