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Profissional fala sobre a diferença entre tristeza e depressão
18 de novembro de 2020

Foto: Reprodução

A preocupação com a saúde mental não é de agora, mas tem se tornado um assunto cada vez mais relevante. Em tempos de pandemia, isolamento social, crise econômica, e até mesmo o já chamado “novo normal”, o equilíbrio emocional ganha posição de destaque no dia a dia. Com as discussões também surgem dúvidas sobre os limites que separam um sentimento como a tristeza, de uma patologia clínica, como a depressão. Saber a diferença entre estar triste e depressivo é um passo importante para que possamos manter o nosso equilíbrio. A psicóloga Jéssica Souto comenta sobre a diferença nos dois casos.
“A tristeza que é reativa, que é em resposta a uma situação. Na depressão é humor indefinido, uma perda de interesse e de prazer. O paciente as vezes descreve que é uma sensação de estar na fossa, de inutilidade, uma tristeza muito profunda e recorrente na maior parte do tempo, durante um período longo. Então é bem diferente.”

Jéssica também fala sobre as diferenças entre luto e depressão.
“Confundem a depressão com o luto, como se o luto fosse uma depressão. Como se existisse determinado um tempo máximo que a pessoas pode ficar sofrendo, chorando, entristecida pela perda de alguém querido, ou pela perda de um emprego, que também é uma perda diz de um luto, ou o falecimento de um animal de estimação. O luto também é para ser vivenciado. É um momento da nossa vivência que requer uma introspecção, um contato da agente com nós mesmos, com nossos sentimentos, com os sentimentos relacionados aquela perda, aquela pessoa ou objeto.”  

Por isso, a profissional destaca que é importante saber diferenciar quando estamos passando por uma sensação de tristeza diante de um momento adverso da vida, analisando a sua intensidade e duração, de uma depressão que, entre outros fatores, pode estar associada ao estilo de vida de cada um. O diagnóstico de depressão, tristeza e o período de luto é feito apenas por profissionais da área, mas mudança de hábitos simples no dia a dia, podem indicar que a pessoa está passando por uma fase que precisa de tratamento. Em especial situações como alteração do sono, como dormir muito ou dormir pouco. O apetite também pode ser um indicativo tanto pelo excesso quanto pela falta de vontade de se alimentar. A psicóloga reafirma a importância de procurar ajuda profissional o quanto antes.
“A busca demorada pode trazer um sofrimento durante um tempo muito grande, pode aumentar de modo a trazer ideações, pensamentos e tentativas de suicídio, em função dessa demora. As vezes não é uma demora por má vontade da pessoa, é uma demora pela não condição que ela tem por buscar ajuda. É como se lhe faltasse energia, inclusive, para buscar essa ajuda.”

Além de matérias nas edições do Jornal Emboabas, a Rádio Emboabas está realizando uma série de podcasts sobre o assunto. Serão quatro episódios que vão ar semanalmente as quartas às 22h com reprise no domingo às 18h. Também é possível acessar o conteúdo em nosso site na área de podcasts: emboabas.com.



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