Deficiência intelectual é uma condição que afeta a capacidade de uma pessoa aprender e desenvolver habilidades da mesma forma que outras. Isso pode influenciar desde habilidades acadêmicas até a vida diária. Dessa forma, é fundamental promover a compreensão e o apoio para que todos tenham oportunidades iguais e possam atingir seu potencial máximo.
E para melhor entender como a deficiência intelectual pode afetar a rotina de uma pessoa, o médico neurocirurgião Dr. Jorge Diogo Oliveira, comenta: “A maneira como vai afetar também, sempre vai afetar alguma área, não necessariamente todas. Então, por exemplo, é uma criança que pode ter bastante independência em caso de um adolescente que ele tem uma decência intelectual, mas ele sabe se cuidar, o questão do banho, da higiene, da alimentação. Ele tem uma certa independência com relação a isso. Mas não sabe pegar um transporte público para ir para a escola, por exemplo. Então, ele tem comprometimento em uma área, não tem comprometimento em outra. E pode ter, por exemplo, um caso mais grave, mais severo, vai ter comprometimento em todas essas áreas. Quando é um grau mais leve, algumas áreas vão estar mais preservadas. Então, isso é muito variável. Isso vai depender de individuo para indivíduo. É uma avaliação extremamente individual. Não tem dois casos iguais, vamos dizer assim, de um deficiente intelectual.”
Ao ser questionado sobre a prevenção do transtorno, o neurocirurgião explica sobre os diferentes casos: “A gente tem causas genéticas, tem síndrome de Down, síndrome de X-Frágil. Essas ficam mais difíceis de a gente prevenir para não ser que faça uma orientação genética antes da gestação e tudo isso. A gente tem causas gestacionais, estão ligadas, por exemplo, a questões da mãe propriamente dito. E tem questões também do nascimento, um parto difícil, às vezes, com a falta de oxigenação para criança. E aquela criança que já nasce, com um problema que não foi prevenido antes, essa criança, se for feito um diagnóstico precoce e um atendimento multiprofissional, a gente consegue reduzir em muito as capacidades que ela iria desenvolver. O Teste do Pezinho tem muito a ver com essa prevenção. A gente consegue, no Teste do Pezinho, identificar doenças que, se não forem tratadas, vão levar, por exemplo, a um grau de deficiência intelectual. E se forem descobertas a tempo que for tratada, a gente reduz esse risco.”
Além da deficiência intelectual, que é caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e na capacidade de realizar atividades do cotidiano, há também a deficiência múltipla, que é uma combinação de mais de uma deficiência, que pode englobar dificuldades tanto intelectuais quanto físicas. Essas condições exigem um suporte especial e adaptações para garantir a inclusão plena dessas pessoas na sociedade.
E como destacou o Dr. Jorge Diogo Oliveira, é fundamental reconhecer as diversas formas de deficiência e a importância de adaptações e suporte especializado. Só assim podemos construir uma sociedade mais inclusiva e justa para todos.
A entrevista completa com o neurocirurgião, Dr. Jorge Diogo, sobre deficiência intelectual e múltipla, pode ser conferida, em som e imagem, no Youtube Rádio Emboabas Oficial e no facebook.com/radioemboabas. E também pode ser acessada na área de podcast, no emboabas.com.