O coração talvez seja o órgão mais importante do nosso organismo, ou pelo menos o mais representativo, é a ignição que nos mantem em funcionamento. Nesta quarta, 14 de agosto, é comemorado o Dia do Cardiologista. Esse profissional identifica alterações no sistema cardiovascular, contribui com a prevenção de doenças e indica o tratamento adequado de forma individual. Uma consulta periódica é indicada a partir dos 40 anos.
Para esclarecer algumas questões sobre a saúde cardíaca, a nossa reportagem conversou com o cardiologista Dr. Cláudio Aloísio da Silva. Inicialmente, ele destaca a importância de cuidarmos bem do coração, pois “estaremos preservando nossa saúde geral, afinal ele é um dos principais responsáveis pelo funcionamento de todos os órgãos e tecidos do nosso corpo, é através dele que os nutrientes e oxigênio chegam no seu destino através do bombeamento do sangue”.
Sobre a periodicidade ideal para realização de exames preventivos, ele salienta que depende de cada caso, de quais doenças que a pessoa apresenta mas como ‘’check up’’, normalmente após os 40 anos de idade ou em caso de sintomas.
Dr. Cláudio também alerta que os riscos de doenças cardíacas aumentam em homens acima de 40 anos e mulheres acima de 50 anos de idade com a chegada da menopausa. “As doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo, principalmente através do infarto, do Acidente Vascular Encefálico (AVC) e suas complicações. Os fatores de risco cardiovasculares mais importantes são quatro: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, colesterol alto e tabagismo. Dessa forma, temos que atuar nessas quatro doenças, principalmente, através de controle rigoroso dos fatores de risco: manter a pressão bem controlada, os níveis de colesterol ruim (LDL) baixos, controle de glicemia e cessação do tabagismo. Por meio de exames complementares e visitas rotineiras ao médico a gente pode minimizar a incidência dessas doenças”.
Perguntado sobre os cuidados recomendados para uma boa saúde do coração, ele indica: “É importante ter bons hábitos de vida como alimentação saudável (baixo teor de gorduras, menos açúcar, menor ingestão de sal e de gorduras saturadas, mais frutas, verduras e legumes), evitar o consumo exagerado de álcool, praticar atividade física regular, controlar o estresse emocional, dentre outros. Dessa forma vamos conseguir, pelo menos, controlar os fatores de risco.”
Por fim, o cardiologista evidencia um comportamento perigoso de muitos pacientes: o negligenciamento do diagnóstico de doença cardíaca. “Observamos nos nossos consultórios um grande número de pessoas que negligenciam as doenças crônicas causadores de doenças cardiovasculares, seja através de interrupção de tratamento médico, suspensão por conta própria de medicamentos, não fazer uso correto do medicamento prescrito e não retornar ao médico para continuar o tratamento de suas doenças, dentre outras situações. É importante lembrar que muitas dessas doenças como hipertensão, diabetes e dislipidemia (colesterol e/ou triglicerídeos elevados) não têm cura mas tem controle e é fundamental atingir as metas estabelecidas para reduzir o risco cardiovascular do paciente.”