Há quase um mês iniciou-se o inverno no nosso país e, com a chegada dessa nova estação, muitas pessoas comentam que os preços de diferentes alimentos nos mercados ficam mais caros. O que torna um desafio se alimentar de maneira saudável sem pesar no bolso.
Essa relação entre o aumento no preço dos alimentos durante o inverno pode ser explicada por determinados fatores, como esclarece o professor de Economia da UFSJ, Douglas Ferreira. “É muito comum, em muitos produtos, principalmente o da alimentação básica, é o que a gente chama de sazonalidade. Então, as pessoas vão identificar, por exemplo, que nos meses agora do inverno, o leite, por exemplo, fica mais caro, dada essa questão da sazonalidade. São alguns comportamentos que se repetem ao longo de vários anos. O leite, por exemplo, é a devida e a questão da redução das pastagens em função da falta de chuvas, da redução do volume de chuvas. Isso tende a reduzir essas áreas de pastagem e acaba aumentando o preço do leite, da redução da pastagem, a redução da produção e o fato dos produtores terem que complementar, então, com a ração no caso. Então, um gasto adicional. Só para explicar que tem relação sim. Tem a questão das geadas em alguns locais também, que tendem a influenciar alguns produtos. E os eventos climáticos, que não são previstos, vamos colocar assim e que também acaba influenciando”.
A respeito dos alimentos que ficam mais caros nessa época do ano, o economista aponta alguns produtos que fazem parte da cesta básica e que encarecem no inverno. “Outro produto que tende sempre a ter o seu preço elevado é o café. Então, o café também tende a aumentar por causa da questão da colheita. O arroz também, o arroz tende agora a iniciar em julho, agosto, até mais ou menos dezembro, um período de alta, porque a safra, o maior volume colhido do arroz é no verão. Então, nós temos ali dezembro, janeiro e fevereiro, um volume de cerca de 80% de todo o arroz já colhido na região sul. Então, esse período agora é, vamos colocar aqui, uma certa escassez do produto. Então, ele tende a aumentar o preço”.
Sobre os alimentos que sofrem uma redução no preço durante o inverno, Douglas lista produtos como: batata, cenoura, tomate, feijão, maçã, banana, brócolis que são produtos desta estação e que ficam mais baratos como uma forma contrabalançar frente aos alimentos que ficam mais caros.
Quanto às dicas para conseguir economizar em produtos alimentícios nesta época do ano, o economista faz algumas orientações. “Acho que a melhor dica que a gente tem aí é esse consumo dos itens da estação, no caso aqui do inverno. Então, a gente tem essas frutas que eu mencionei. Isso é fácil, quem está no dia a dia consegue perceber e também fazer a pesquisa. Isso é muito importante. Mesmo produtos baratos, igual ao que eu mencionei é no caso, por exemplo, na maçã que tem de reduzir um pouco o preço, o brócolis, por exemplo, a gente tem ainda uma variação grande de preço entre os estabelecimentos de nossa cidade. Vou dar um exemplo, a banana, a gente verifica uma variação de 250% no preço, ou seja, tem estabelecimento que cobra duas vezes mais do que o, então é importante a pesquisa mesmo, até porque tem estabelecimentos que têm os dias certos ali para fazerem promoções”.
A entrevista completa pode ser conferida na área de podcast no site da Rádio Emboabas, que é o www.emboabas.com.