A rede estadual de ensino de São João del-Rei está parcialmente paralisada nesta terça-feira (21) e com a expectativa de manter a paralisação amanhã, quarta-feira (22). O motivo da parada dos profissionais se deve a convocação dos servidores para uma interrupção das atividades por 48 horas, por parte do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (SindUTE). O objetivo é protestar contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) proposto pelo Governo Estadual.
De acordo com levantamento feito, no início desta manhã, pela redação da Rádio Emboabas, as escolas Iago Pimentel e Inácio Passos estão parcialmente paralisadas. Na Garcia de Lima, alguns professores aderiram ao movimento, mas as aulas continuam normalmente. Na João dos Santos, hoje as aulas seguem normais, mas amanhã alguns professores devem paralisar as atividades. Já na Aureliano Pimentel, não houve adesão e os trabalhos continuam como de costume.
O movimento teve início na terça-feira (14), quando a Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou parecer favorável ao PL 1202/19, que autoriza a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal proposto pelo governo do estado. A oposição apresentou mais de 200 emendas, que foram todas rejeitadas.
De acordo com a direção do sindicato, a população como um todo também poderá sentir as consequências da aprovação desse plano, pois, além de prever o congelamento dos salários dos servidores durante nove anos, ele propõe também uma nova Reforma da Previdência, fim do Ipsemg e a não autorização de concursos públicos durante a sua vigência, representando um retrocesso econômico e social que prejudicaria tanto os servidores quanto a população em geral.
Já o governo do estado, alega que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal promoveria um alívio imediato no fluxo das contas públicas, não apenas para manutenção dos pagamentos em dia, mas para a retomada de investimentos estruturados, uma vez que com o plano, o pagamento de dívida seria no volume de R$ 4 bilhões. Sem plano, o valor projetado para ser pago em 2024 é de R$ 18 bilhões. Portanto, uma diferença em orçamento no caixa de R$ 14 bilhões.