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Expectativa era aplicar em 5 mil imóveis de São João del-Rei a tecnologia Aero System para combater o Aedes Aegypti, diz coordenador do setor de Endemias

São João del-Rei vive um momento preocupante com relação aos números confirmados de dengue e chikungunya no município. De acordo com os dados do mais recente do boletim epidemiológico divulgado pelo Setor de Endemias da Secretaria Municipal, nesta sexta, dia 04 de agosto, a cidade registrou 868 casos positivos para dengue e 279 casos positivos para chikungunya.

Diante desse cenário, a Secretaria de Saúde de São João del-Rei, por meio do setor de epidemiologia, iniciou no mês de junho deste ano, a primeira etapa de aplicação do sistema Aero System. A tecnologia consiste no uso de um inseticida na fórmula de aerossol, que tem como finalidade reduzir os índices de infestação do mosquito Aedes Aegypti e proporcionar uma barreira de contenção na disseminação de casos das doenças transmitidas pelo mosquito. Uma vez que, a aplicação é realizada dentro das residências, onde o mosquito está abrigado e à espera do momento oportuno para fazer uma nova vítima. 

Essa ação foi dividida em duas etapas para contemplar diferentes bairros da cidade. Além disso, em cada uma dessas fases foi estipulado um número aproximado de residências que seriam atendidas com a aplicação do produto, como explica o coordenador do Setor de Endemias, Hebert Jacques: “Na primeira etapa que a gente fez, nós programamos aproximadamente 2.000 imóveis. Já nessa segunda etapa, a gente fez uma programação de aproximadamente 3.000 casas. Totalizando assim 5.000 imóveis. Essa era a previsão, da gente atingir esse número de casas com a borrifação do Aero System”

Contudo, a expectativa de aplicação do Aero System dificilmente será atendida, afirma o coordenador. Ele ainda esclarece o motivo principal pelo qual a ação não conseguirá atender os números previamente estabelecidos: “Só que teve uma baixa aceitação da população. Eu não vou saber nesse momento te informar quantas casas a gente atingiu dessa estimativa que nós tínhamos. Mas foi um percentual abaixo do que nós esperávamos. Teve muita resistência por parte da população. Pois têm alguns critérios antes da aplicação e a população tem um pouco de preguiça de seguir essas normas. Com isso, infelizmente nós não conseguimos realizar a ação em todas as residências que imaginávamos”.

O coordenador ainda explicou sobre a possibilidade de uma terceira etapa da ação e se caso ela ocorra, sob quais condições: “Eu não tenho programação de uma nova etapa. Pois, essas duas rodadas anteriores foram para contemplar os bairros que naquele momento tinham a necessidade de realizar ação, segundo os resultados do LIRAa e levando em consideração os números de casos de dengue e chikungunya que nós estávamos recebendo. Esse LIRAa que serviu de parâmetro foi realizado no mês de maio. Com isso, os indicadores dele já estão defasados. Nós precisamos de uma nova pesquisa que será realizada em agosto, que vai mostrar para nós a nova realidade do município. Então, não tem uma previsão de uma nova fase dessa ação, a não ser que o LIRAa que será realizado em agosto, apresente dados que nos inspire a continuar a ação e até ampliar para outros bairros da cidade”.

Hebert afirmou que as demais ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti já realizadas anteriormente no município, continuam sendo feitas pelo Setor de Endemias.

Lembrando ainda que é possível denunciar focos de água parada pelo tele-dengue em São João del-Rei, por meio do seguinte telefone 3379-1565.

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