Como você conheceu o seu par? Quais as primeiras lembranças? E a música do casal? Essas são perguntas bem tradicionais, e com respostas bem variadas. Há cerca de uma década, a primeira pergunta pode ser respondida com o: nós nos conhecemos no Tinder, um aplicativo de relacionamento, criado em 2012, que combina pessoas a partir de um “match” — nome dado pela plataforma para quando ocorre interesse mútuo entre dois usuários. O Tinder permite conhecer pessoas de todos os locais do mundo para possíveis novas paqueras ou amizades.
O match entre o Programador e Fotógrafo, Rafael Henrique Campos, 30 anos, e Mirele Fátima de Paula Souza, de 26 anos, aconteceu em dezembro de 2021, e desde então, o dia 12 de junho tem sido mais especial pros são-joanenses.
Mas nem sempre foi assim. “Eu usei por algumas vezes o Tinder; nunca por muito tempo. Eu sempre instalava, usava um tempinho, desinstalava, depois instalava de novo. Eu ficava nesse ciclo”, destaca Rafael. “Foi a mesma coisa comigo. Eu usei em alguns períodos da minha vida, quando eu estava solteira, mas acabava que ficava por períodos bem curtos. Às vezes eu conhecia alguém legal, e desinstalava. Mas aí eu não dava certo e eu voltava pro Tinder de novo”, conta Mirele.
Apesar de ser uma forma bem nova usada para conhecer um parceiro, Rafael e Mirele, foram bem tradicionais no primeiro encontro. “A gente se conheceu a no dia 10 de dezembro de 2021. Ele veio aqui no Rio das Mortes pra me conhecer. A gente acabou sentando na Praça Central e conversamos”, relembra Mirele.
Hoje os aplicativos do casal estão desinstalados em definitivo, mas eles continuam sendo defensores da ferramenta, e estão prontos, para um dia contar para os netos, como vovô e vovó se conheceram e formaram uma família. “Eu acho que tá cada vez mais comum. As pessoas estão se conhecendo por aplicativos ou pelas próprias redes sociais. Eu também acho que não teria problema algum nisso”, destaca o fotógrafo. “Eu não escondi nada da minha família, nem de ninguém. Por mais que o Tinder tem uma pegada que às vezes, por visão de outro, seja pejorativo, eu acho que o aplicativo pode ser usado como boa intenção, como aconteceu com a gente”, ressalta.
E para quem tem uma experiência positiva com a vida amorosa, o casal acredita que além das novas tecnologias, vale a pena, aquela fé tradicional no Santo Casamenteiro para tudo dar certo. “Eu acho que entre o Tinder e o Santo Antônio, o ideal é os dois. Faz a simpatia para dar uma força e pode tá utilizando ferramenta pra acontecer”, aconselha Rafael.
Mirelle diz que foi exatamente a união das duas coisas que fez com que ela conhecesse o noivo: “Foi também oração por parte da minha mãe, porque no mesmo período que eu estava conversando com Rafael, a minha mãe falou que estava rezando para eu encontrar um José que acabou, que não foi José, mas foi um Rafael, né?! Um Arcanjo. E eu creio que você pode sim, pedir a Deus e aos Santos, uma graça, mas também ela pode ser completada com ações. E no nosso caso, a ação foi o Tinder”.
No Tinder, no trabalho, na escola, na rua, em festas e em tantos outros momentos que o cupido se une a Santo Antônio, o mais importante é fazer com que todos os dias do ano seja como o 12 de junho – um eterno namoro!