A Prefeitura de Tiradentes anunciou na tarde de segunda-feira, dia 22, que a região do mangue, uma área de 10 hectares (100 mil m²) na Serra de São José, seria leiloada para empresa privada. O leilão estava previsto para acontecer na manhã da mesma segunda-feira.
De acordo com a gestão municipal, o local poderia ser fechado, afastando a população e afetando o município em diversas áreas, como meio ambiente e turismo. E por isso, a Prefeitura de Tiradentes conseguiu na justiça a suspensão do leilão por 30 dias.
O secretário de Governo, Rogério de Almeida, explicou o porquê da tentativa de leilão. “Em 2008, houve um incêndio nesse terreno que pertence a SAT – Sociedade amigos de Tiradentes, e nada foi feito. O Instituto Estadual de Florestas multou essa instituição, e ao longo desses anos, houve uma certa omissão por parte da instituição e um terreno de 100 mil metros quadrados iria ser leiloado”.
De acordo com o secretário de governo, Rogério de Almeida, o leilão tinha um valor inicial de R$ 126 mil. Mesmo com o impedimento, o leilão iria acontecer e, faltando quinze minutos para o leilão acabar, o valor de R$ 131.321,26 já havia sido dado por uma empresa de mineração.
Pelo site onde estava ocorrendo leilão, a descrição é a seguinte: “Lugar denominado ‘Maria Joana’, situado na estrada velha, que liga Tiradentes a Santa Cruz de Minas, o qual tem início às margens da referida estrada, nas imediações da Cachoeira do Bom Despacho e vai além da Cachoeira do Mangue”.
De acordo com o secretário de Governo, o departamento jurídico de Tiradentes vai acompanhar a situação para tentar resolvê-la nos próximos 30 dias. Pelas redes sociais, a população mostrou preocupação com a situação e vários internautas sugeriram manifestações para que não aconteça o leilão do terreno.
Acompanhe a manifestação sobre a causa pelo Instagram @salveaserra.tiradentes e pelo Facebook no grupo “Salve a Serra Tiradentes” (https://www.facebook.com/groups/825008408982102).