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Gerente da Viação Presidente alega falta de usuários para cobrir custos e acredita que licitação seria a solução para resolver problemas com o transporte público em São João del-Rei

Falta de linhas, redução de horários, passagens caras, ônibus em más condições e outros problemas são listados diariamente por aqueles que dependem do transporte público em São João del-Rei. Em entrevista ao Programa Em Foco da Rádio Emboabas + Informação, o Gerente da Viação Presidente, Reginaldo Lúcio de Freitas, destacou que o número de usuários não é suficiente para cobrir todas as despesas do transporte público. “A Viação Presidente, quando assumiu lá em 2002 transportava em média 30 mil passageiros por dia. Hoje, a Viação Presidente transporta, no muito, 6.000 passageiros por dia, e a gente está falando de passageiro pagante, aquele passageiro que tem gratuidade por força de lei a gente nem considera ele para cálculo.”

De acordo com Reginaldo, uma solução seria um subsídio para o transporte público por parte do poder público. “O que a gente tem procurado ao longo desse período?  É um subsídio, igual você tem a cidade de Congonhas, Conselheiro Lafaiete,  Ouro Preto, Mariana e outras cidades, que estão subsidiando o transporte, para que o valor da tarifa não seja muito pesado para o usuário que utiliza o ônibus no dia a dia. O que é esse subsídio? Não é dinheiro para empresa é um dinheiro que vai subsidiar a tarifa para que o usuário pague menos.

O poder público em São João del-Rei nunca concedeu tal subsidio, e há anos, a empresa vem atuando por meio de decretos. Outra solução seria uma licitação que garante o trabalho da empresa por alguns anos, e justifique o investimento de compra de novo veículos, por exemplo. “Seria ideal para a cidade, para empresa e quem viesse ganhar essa licitação, vai analisar o edital. Vai ter um subsídio? Qual vai ser o preço ofertado? Porque não adianta eu chegar para você: amanhã eu aumento as viagens em 100%, se eu aumentar eu preciso de 90mil litros de diesel. Para operar o que operava lá em 2018, 90 mil litros de diesel hoje, no preço que está saindo para empresa, seria mais ou menos, quase 500 mil. Se você pegar lá pegar o ISS – que a gente paga junto ao município, vai dar em torno de 683 mil reais a receita, então vai ficar muito difícil.”

Uma das justificativas do poder público sobre a não realização da licitação é o plano de mobilidade urbano que precisa estar atualizado. Em contato com a pasta responsável, a reportagem foi informada que durante o mês de abril o plano de mobilidade urbana deve ser entregue ao Ministério Público e uma empresa está sendo contratada para transformar o plano de mobilidade urbana em legislação. O que vai permitir, entre outras questões, a licitação para contratar a empresa responsável pelo transporte público na cidade.

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