Há cerca de três anos, o movimento de pais “Plantão Pediátrico Já” luta diariamente para garantir aos seus filhos o direito à saúde. A principal reivindicação é a criação de um plantão pediátrico 24 horas em São João del-Rei. Ou seja, assegurar que haja médicos especializados em saúde da criança disponíveis fora do horário comercial.
Inicialmente, a Prefeitura Municipal havia confirmado a implantação do plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Só que voltou atrás após não fechar acordo com prefeitos da região. A ideia era que todos contribuíssem financeiramente com a manutenção dos pediatras, uma vez que a UPA recebe pacientes de toda a microrregião. Mas nem todos aceitaram a proposta.
O executivo municipal anunciou, então, a abertura de um ‘atendimento pediátrico’. Um médico pediatra ficaria disponível no posto de saúde do bairro Fábricas, de segunda a sexta-feira, até às 19h. E as consultas seriam exclusivas para são-joanenses.
O movimento não recebeu bem a decisão. Em entrevista ao programa ‘Em Foco’, transmitido pela 92,7 FM Emboabas Mais Informação, a integrante Daniele Muffato explicou o porquê. “Primeiro, porque isso não aconteceu também. Explicamos que a prioridade seria o atendimento noturno, porque durante o dia as famílias buscam pelos postos de saúde”, ressaltou.
“Sobre centralizar tudo no bairro das Fábricas, também achamos que não é uma alternativa. Temos ainda Matosinhos, Colônia, bairros com muitas pessoas. Então, concentrar tudo nas Fábricas poderia gerar uma confusão maior ainda por não ser um plantão pediátrico. E não teria também os equipamentos necessários”, completou.
Disse ainda que na primeira quinzena deste mês houve uma reunião com uma das assessoras da Secretaria Municipal de Saúde. Foi apresentado um projeto para melhoria da Saúda Básica, porém, que não contempla o ponto central da questão. “A assessora Karina apresentou um plano muito bacana para a saúde básica. Porém, não temos o atendimento do plantão. E o que nós precisamos agora é o atendimento do plantão. Até fizemos algumas propostas para que o plantão fosse apenas à noite e nos finais de semana; pelo menos para começar. Mas não tivemos nenhuma resposta”.
Apesar dos obstáculos, Nathy Sandim, outra integrante do movimento, alega que todos vão seguir tentando diálogo com as autoridades públicas.
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