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Produtores rurais das Vertentes se preparam para manter produção no inverno

Na semana passada, o solstício de inverno marcou oficialmente o início da estação mais fria do ano. Nos termômetros nenhuma mudança muito drástica, já que neste ano os casacos saíram do guarda-roupas um pouco mais cedo que o normal.

A intensidade das geadas ocorridas em maio no centro-sul do Brasil assustou os produtores rurais. Mas, por sorte, no Campos das Vertentes, elas vieram mais fracas, preservando as plantações. É o que diz o agrônomo Ronaldo Santana. “Nós tivemos uma chamada muito forte, algumas semanas atrás, de que talvez viria uma geada muito prejudicial. Mas, não ocorreu. Foi de menor intensidade. De agora para frente, com a entrada do inverno, as frentes frias são mais comuns, o que pode provocar as geadas em maior ou menor grau”.

De acordo com o Climatempo, neste inverno, o fenômeno ‘La Niña’, que deixa a temperatura do oceano pacífico abaixo do normal, atua com fraca a moderada intensidade. A expectativa é que em julho duas ondas de frio passem pelo país; uma ainda na primeira quinzena e outra no final do mês.

E para agosto é esperada a vinda de pelo menos uma forte massa de ar polar, com potencial de provocar geadas no sul e sudeste.

Já sob os alertas dos meteorologistas, é preciso se precaver para evitar perdas importantes. “As geadas trazem prejuízos principalmente às lavouras implantadas no período do frio. Normalmente, atacam muito o parque cafeeiro. Já tivemos geadas que acabaram com o cafezais. Também o plantio de olerícolas/hortaliças na beira dos rios, onde as geada são mais comuns. O produtor já está acostumado e tenta se proteger de várias maneiras, fazendo irrigação ou fechando as estufas quando tem”.
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Não há dúvidas de que as geadas podem ser devastadoras. Só que elas também tem seus benefícios. É até contraditório. Mas Ronaldo explica. “Antigamente, no tempo dos nossos avós, os anos de geadas muito fortes eram anos de boas produções agrícolas. Isso porque as geadas combatem insetos, pragas – principalmente as que atacam lavouras – controlam carrapatos que infestam os pastos. Então, além dos prejuízos, elas também têm seus benefícios”.

Um exemplo prático é a pecuária leiteira, que se beneficia bastante do sumiço dos carrapatos. Por outro lado, a pastagem se queima.

Os produtores, então, têm que providenciar ao seu plantel uma alimentação baseada na silagem, cana de açúcar e outras alternativas.

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