Na última semana, por cerca de 5 dias, bombeiros e brigadistas combateram um incêndio de grandes proporções na Serra de São José. O fogo é considerado o maior dos últimos anos, destruindo cerca de 800 hectares. Por isso, conversamos com Mariana Vicentini, servidora do Instituto Estadual de Florestas, que explica um pouco mais do prejuízo das queimadas. “A fauna é danificada e queimada, a flora também e temos uma biodiversidade muito grande de espécies que podemos perder na queima e os componentes do solo”.
Focos de incêndio são, normalmente, provocados pelo homem. Ela esclarece quais as formas mais comuns: “Em retaliação ao IEF; para colocar pasto, queima que se coloca na sua propriedade e perde o controle; e as fogueiras, muita gente tem o costume de acampar com fogueiras no chão, mas essa é uma prática ilegal também”, explica. Reforçou ainda que queimada é crime e como denúncias podem ser feitas. “Queimada é crime, são de 4 a 6 anos de prisão e autuação. O Estado de Minas lançou nesta semana uma campanha junto ao IEF, polícia militar, polícia civil, corpo de bombeiros para inibir as queimadas. Toda queimada que seja necessária precisa ser autorizada e ter acompanhamento do órgão responsável, que é o IEF”.
Vale destacar que a Serra de São José faz parte de área de proteção ambiental, de cuidado do Instituto Estadual de Florestas, abrigando um importante remanescente da Mata Atlântica.