Emboabas

Mães infectadas pela Covid-19 não devem interromper a amamentação do filho

Foto: Reprodução

Ao longo de um ano e meio de pandemia, a ciência já nos revelou muito sobre o coronavírus. Mas ainda assim restam dúvidas e perguntas em aberto. Para as mamães, então, que vivem o momento mágico da maternidade, a preocupação é extra.

Nos primeiros anos de vida de uma criança, sobretudo até os seis meses, a amamentação é indispensável. É o leite advindo da mãe que vai protegê-la em todas as fases do crescimento, evitando o desenvolvimento de doenças graves.

Mas uma mãe infectada pela Covid-19 pode amamentar seu filho? A resposta é sim, desde que tome os cuidados básicos, como explica o médico em formação pela UFSJ, Vinícius Resende. “Como as práticas de higiene respiratória; por exemplo, uso de máscara e lavagem das mãos, antes e após tocar o bebê. Além disso, é preciso limpar e desinfectar o ambiente onde mãe e bebê estão diariamente com álcool 70 ou uma solução com água sanitária”.

Muitas mães questionam se o vírus presente no seu organismo não seria transferido para o bebê por meio do leite. Essa possibilidade, segundos estudos preliminares, é desconhecida. Nas amostras de leite materno que passaram por avaliação foram detectados apenas pequenos pedaços de vírus, que são incapazes de contaminar uma pessoa. “Os estudos têm demonstrado que o leite materno pode apresentar fragmentos, ou seja, pedacinhos de vírus. Mas isso ainda não tem um significado de que a criança vai ter Covid. É tudo muito desconhecido ainda. E os estudos têm apontado que não, isso não causa a infecção da criança. Por isso, mães, amamentes seus filhos.”

Durante todo este mês celebra-se o “Agosto Dourado”, mês de incentivo ao aleitamento materno. Vinícius relembra os principais benefícios da amamentação. “A partir do leite materno, a criança começa a desenvolver melhor seu sistema imunológico, que são as defesas do organismo. Isso passa pelo leite. As mães fornecem esses anticorpos. Com isso, evitamos muitas infecções, representando menos quadros de diarreia, infecções respiratórias, como também reduz os riscos de alergia. Além disso, os estudos mostram que diabetes, colesterol alto e hipertensão também vão juntos nessa queda de risco”.

Não existe uma receita de bolo sobre o modo ideal de amamentar uma criança. Em caso de dúvidas, é importante que a mulher busque por um profissional de saúde; por exemplo, o agente de comunidade e família da Unidades Básica de Saúde do bairro.

Sair da versão mobile