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Com o preço dos alimentos nas alturas, clássica pesquisa de mercado é alternativa para gastar menos

Foto: Reprodução

Ir ao supermercado está dolorido para o bolso do consumidor. A sensação é que as contas estão nas alturas e o carrinho cada vez mais vazio. E os dados confirmam. Levantamento aponta que de março do ano passado a fevereiro deste ano, o preço dos alimentos nos mercados subiu quase 20%.

De acordo com o economista e professor na UFSJ, Sérgio Magno Mendes, essa disparada tem algumas explicações. Primeiro porque nesta época de estiagem já é esperado um aumento natural nos valores, sobretudo do leite e seus derivados. Em 2021 houve, ainda, uma supersafra de grãos. Apenas o café e o milho sofreram queda.

Outro fator de destaque é a alta da demanda. “Os auxílios emergenciais garantiram a renda para algumas famílias, que puderam fazer a compra dos alimentos. Por outro lado, outras famílias, essas com poder aquisitivo maior, ficando mais em casa, tendem a consumir mais. Basicamente, então, temos uma demandar interna aquecida. Olhando para o lado externo, o mundo voltou a crescer no pós-pandemia; a economia americana está crescendo de modo robusto. Isso está fazendo com que todos os países comprem mais matéria prima”, explicou.

Já a carne vermelha subiu de preço pela maior exportação. Enviando mais carne para fora do país, aqui no Brasil, ela fica mais cara. E como muita gente tentou substituir a carne bovina pela suína, frango ou ovos, o valor desses produtos, automaticamente, subiu. Sem contar que os insumos de produção deles estão caros.

Segundo o economista, no momento, não há previsão de melhora. A tendência é que os preços continuem crescendo, principalmente agora com a retomada da economia em todo o mundo. A solução, então, é tentar economizar.

A primeira dica é clássica; fazer a pesquisa de mercado. “Olhar sempre onde está mais barato. Trocar um produto pelo outro também pode fazer a diferença. Isso vai fazer com que o consumidor tenha um planejamento financeiro, um controle de modo a não se endividar”, orientou.

Gastar mais do tem, jamais. “Sempre manter os pés no chão. Gaste apenas uma parte da sua renda. Aqueles que têm um poder aquisitivo mais alto, podem ter um consumo maior. Mas os de poder aquisitivo mais baixo, devem avaliar o quanto podem comprar”, alertou. É importante também evitar o endividamento. O cenário não está nada favorável para entrar com pedido de crédito para quitar as dívidas, já que a taxa de juros está alta. 

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