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Segunda dose da vacina contra a Covid-19 é fundamental na campanha de vacinação contra a doença

Foto: Reprodução/ Tomaz Silva/ Agência Brasil

Cerca de oito meses, desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, mais de 140 milhões de doses de vacina contra a doença já foram aplicadas no Brasil. Mas para que esse número continue crescendo e claro, para que a vacinação seja feita de forma completa, é necessário que as pessoas tomem a segunda dose daquelas vacinas em que os fabricantes recomendam a segunda parte do imunizante.

Cada uma das vacinas que estão disponíveis hoje no Brasil contam com suas particularidades, uma das mais discutidas é o tempo de intervalo entre a aplicação da primeira para a segunda dose. Por exemplo, a Coronavac depois da primeira dose, precisa-se de 21 a 28 dias para a segunda aplicação. Já a AstraZeneca e a Pfizer, o intervalo de tempo é de 90 dias. A Janssen como é uma única dose, não precisa desse espaço de dias. Mas além dessas particularidades, é necessário conhecer outras diferenças entre as vacinas e o acadêmico em medicina, Vinicius Resende explica algumas das características que elas apresentam. “A CoronaVac, por exemplo, possui o vírus inativado, um vírus enfraquecido que ensina nosso organismo a reagir caso a gente tenha uma infecção pela Covid. Já a vacina da AstraZeneca e a da Janssen, Sputnik, por exemplo, elas são de vetores virais, elas causam um resfriado comum no nosso corpo, mas sem a capacidade de multiplicarem e contaminarem as outras pessoas e sem prejuízo à nossa saúde. Já a vacina da Pfizer é uma tecnologia bem diferente, que usa o RNA mensageiro, que ele vai aproveitar as estruturas da nossa célula para enviar uma informação para o nosso sistema imunológico, como se fosse uma receita de bolo, que, ao entrar em nosso corpo, diz o seguinte: você vai precisar produzir esse e esse anticorpo caso esse vírus chamado Covid entre em nosso corpo.”

Vinicius ainda explica como os estudos científicos comprovam que as vacinas disponíveis no Brasil, hoje são seguros e eficazes no combate a Covid-19, e também as possíveis variantes que podem surgir. “Todas as vacinas que estão no nosso país passam por testes muito sérios e ainda precisam da inspeção, autorizada da Anvisa, para elas serem imunizadas aqui no Brasil. A gente tem aquelas vilãs que estão nos preocupando demais, que são as variantes. Hoje, elas são chamadas de variantes de preocupação, porque elas geram riscos adicionais caso a gente venha pegar uma infecção e isso, infelizmente, acontece com todo tipo de vírus, inclusive, o coronavírus. Mas a boa notícia, meus amigos, é que as vacinas aprovadas no Brasil até agora parecem ser efetivas contra as variantes.”

O acadêmico de medicina ainda esclarece que o fato das vacinas contra o novo coronavírus terem chegado rápido, não significa que algum processo no desenvolvimento foi deixado de lado. “Se a gente teve vacina em tempo recorde não é porque a gente pulou etapas na produção dessas vacinas como muitos pensam, mas é porque, hoje, a ciência está mais avançada no campo da imunização. Quer dizer então que se, no futuro, a gente passar por alguma outra doença já vamos estar mais preparados para essa doença que vier.”

Vinicius ainda fala da importância das duas doses no combate à doença. “Têm algumas vacinas que a gente já sabe que a primeira dose já confere algum grau de proteção. A gente ainda está tendo até alguns estudos que, ainda estão em análise, que, talvez, as pessoas que já pegaram o coronavírus podem tomar apenas uma única dose. Mas esse é um estudo que está em análise e ainda não é comprovado. Porém, a gente vê a maior efetividade ainda para todo o perfil de pessoa que está sendo vacinada, a gente precisa da segunda dose.”

No caso da vacina da Janssen, ela precisa de uma única dose, pois essa vacina apresenta uma eficácia de 68% a 72%. Além disso, por apresentar um processo de fabricação diferente, o fabricante recomenda a dose única.

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