Sair de casa motorizado está cada vez mais difícil para o motorista são-joanense. É que há meses o preço dos combustíveis não para de subir. Em julho, inclusive, a média do litro de gasolina bateu uma marca histórica: R$ 6,09 – alta de 2,69% em relação a junho. O dado é da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
De acordo com pesquisa realizada em 20 postos da cidade histórica, o valor mais em conta identificado foi R$ 5,89 e o mais salgado, R$ 6,15.
Segundo os economistas, esses valores exorbitantes podem ser explicados por diferentes fatores. Dentre eles a cotação do dólar, moeda utilizada no mercado internacional para a compra de petróleo; valor de impostos, como o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços; e a lei de oferta e demanda.
Apesar da estabilidade do dólar nas últimas semanas na casa dos R$ 5, o preço ainda é muito alto frente ao real, o que encarece o produto base para a produção de combustíveis. Outro detalhe importante é que Minas Gerais possui o segundo ICMS mais caro do país, perdendo apenas para o Rio de Janeiro. Para fechar essa receita bastante salgada, com a melhora dos índices da pandemia, a maioria dos países promoveram maiores flexibilizações econômicas, o que aumentou a demanda pelo petróleo. Se cresce a busca por um produto, automaticamente, ele fica mais caro.
Com o preço da gasolina nas alturas, a solução para muita gente é migrar para o álcool. Mas essa não tem sido uma alternativa tão vantajosa assim. O aumento do etanol mês passado foi menor, foi de 0,88%. Só que o valor médio do litro está em R$ 4,57. Os preços variaram entre R$ 4,39 e R$ 4,89.
Na hora de abastecer, para checar qual combustível vale mais a pena, basta dividir o preço do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for menor que 0,70, o álcool é mais vantajoso. Caso seja maior, escolha a gasolina.