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Farmacêutica alerta sobre os riscos da automedicação; em tempos de pandemia, a prática se torna ainda mais perigosa

Foto: Reprodução/Pixabay

A automedicação, especialmente nesse momento de pandemia, tem preocupado autoridades sanitárias em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde estima que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Além disso, metade de todos os pacientes não faz uso dos medicamentos corretamente.

A farmacêutica de São João del-Rei, Lívia Taroco, comenta sobre os riscos da prática. “A automedicação é esse hábito de ingerir algum remédio para avaliar algum sintoma sem receber qualquer orientação médica. Os riscos são vários, principalmente de intoxicação. Quando o paciente ingere a medicação sem receber orientação do médico ou do farmacêutico ele corre esse risco. Cerca de 30 mil casos de internação registrados no Brasil são por intoxicação”, disse. Tomar medicamentos sem orientação profissional, também pode resultar em outras complicações, como destaca Lívia. “Tem vários outros perigos também, como a interação medicamentosa, reação alérgica, alguma dependência ou até uma resistência do medicamento”.

Na pandemia do novo coronavírus, a automedicação acabou se tornando um hábito ainda mais comum e a farmacêutica alerta sobre os riscos da automedicação em diagnósticos de covid-19. “Nós não temos certeza do medicamento certo que pode tratar a Covid, ainda não existe um protocolo estabelecido para isso ainda. A única coisa que pode prevenir é a vacina. E mais perigoso ainda, um paciente com Covid se automedicar, além dos problemas que nós já citamos, pode acontecer alguma outra coisa que nós ainda não sabemos”, esclarece.


Por isso, a melhor forma de se resguardar é certificando de que o profissional que passa as orientações é de fato um farmacêutico que possui o conhecimento técnico para prescrever um medicamento adequado às necessidades do paciente, ou até mesmo direcioná-lo a um outro profissional de saúde.

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