Emboabas

Economista explica reajuste na bandeira vermelha na conta de luz e como afeta consumidor

Foto: Reprodução/Pixabay

Com a crise hídrica enfrentada pelo país e a queda do nível dos reservatórios de hidrelétricas, a conta de luz registra uma taxa ainda mais elevada em julho. O aumento da bandeira tarifária vermelha patamar 2 foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica.


A cobrança passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos, uma alta de 52%. Por isso, conversamos com o Professor Thiago Amaral, economista, para entender o reajuste da tarifa da bandeira vermelha 2 na conta de luz e como esse período de seca afeta a conta. Primeiro, ele explica que a geração de energia no Brasil é baseada principalmente em hidrelétricas – que dependem do nível de chuvas e água. “A conta de luz é dividida além do próprio consumo da eletricidade, com outras taxas e tarifas que são utilizadas para financiar o uso de termelétricas. A geração de energia se dá, em maioria, em cima das hidrelétricas e quando elas reduzem a capacidade de produção, você tem que ligar as termelétricas, que funcionam a base de gás, de diesel e óleo combustível. O custo de gerar dessa forma é mais elevado”.


Com a necessidade de se utilizar as termelétricas, o custo da produção da energia é maior. “A medida que os reservatórios das hidrelétricas vão baixando e eu tenho que colocar cada vez mais termelétricas na geração, eu vou passando de bandeira amarela para bandeira vermelha 1 e para bandeira vermelha 2 – que é a situação atual, já que os reservatórios estão em níveis bastante baixos por conta da estiagem”, afirma.


O economista também explicou como esse reajuste afeta na prática a conta de luz. “Se eu consumi 250 quilowatts/hora e o preço é aproximadamente 1 real. Esse preço não mudou, arredondado seria 250 reais de tarifa. A bandeira é um adicional de R$ 9,49 a cada 100 kWh. Então a cada 100 kWh que eu consumo, eu pago esses R$ 9,49”. Vale lembrar que reduzir o tempo de banho quente, evitar deixar eletrodomésticos na tomada e apagar as luzes ao sair dos cômodos podem ser aliados na hora de economizar.

Sair da versão mobile