Emboabas

SindUTE defende que ainda não é o momento de retomar as aulas presenciais nas escolas da rede estadual

Foto: Reprodução

O SindUTE – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais voltou a defender que ainda não é o momento de retomar as aulas presenciais nas escolas da rede estadual. A discussão veio à tona após o Governo de Minas liberar o retorno do ensino presencial em praticamente todas as regiões, exceto as que estão na onda roxa do Minas Consciente, a faixa mais restritiva do Programa.


Em entrevista à Rádio Emboabas, um dos membros do Sindicato, André Nogueira, disse que os educadores ainda não estão totalmente imunizados contra a Covid-19, pois grande parte recebeu apenas a primeira dose da vacina. Também que Campanha de Vacinação não caminhou o suficiente para garantir uma proteção geral à população. “Mesmo que todos os profissionais de educação estejam completamente imunizados com as duas doses, nós não acreditamos que seja o momento seguro para voltar. Nesse momento, a ciência diz que o que garante a segurança para o retorno das escolas é a vacinação em massa, que garante o que se chama de ‘imunidade de rebanho’. Quando a maior parte da população estiver imunizada, só assim podemos ter o retorno seguro, ainda mais neste momento com novas variantes”, explica.


Embora o governo do estado tenha liberado a reabertura das escolas, existe um decreto em vigor em São João del-Rei que não permite a retomada das aulas, o que deixa o Sindicato um pouco mais aliviado. Para que isso aconteça, as instituições precisam seguir uma série de protocolos e comprovar que estão preparadas. André alegou que a Secretaria Estadual de Educação não tem mantido contato com os professores para discutir como seria um possível retorno, e que essa conversa também não aconteceu com a Superintendência Regional de Ensino.


O SindUTE está promovendo, nesta semana, debates entre os profissionais da categoria sobre o cenário atual. Em seguida, vão realizar assembleias nas escolas para ouvir a opinião dos pais dos alunos. “Temos visto pais realizando abaixo assinado para que não volte. Nós queremos conversar com a comunidade, por isso vamos fazer reuniões com a comunidade escolar de cada escola para ter essa conversa”, afirma.


Nesta segunda quinzena de julho tem um recesso escolar. André explicou que depois deste período, no início de agosto, está prevista uma nova reunião estadual para avaliar o quadro epidemiológico de Minas e a melhor maneira de seguir com trabalhos.

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