Após o prefeito de São João del-Rei Nivaldo de Andrade comunicar que as aulas presenciais da rede municipal de ensino seriam retomadas em agosto, a Secretária de Educação, Cíntia Leite, alegou que ainda não há previsão exata para o retorno. Em entrevista à Rádio Emboabas, disse que a pasta está em fase de planejamento. “Data certa nós não temos. Estamos nos preparando para esse possível retorno. Sobre esse plano, em primeiro lugar, nós temos que ver os protocolos de segurança, as medidas individuais e coletivas dentro da escola, com os nossos profissionais e alunos”.
Legalmente, o retorno a partir de agora é possível, pois o Comitê Extraordinário Covid-19 autorizou que cidades situadas na onda vermelha comum do Minas Consciente reabram as escolas. A macrorregião Centro-Sul, da qual São João del-Rei faz parte, está nessa faixa desde a semana passada.
Mas para que o retorno aconteça, as instituições precisam seguir medidas sanitárias rígidas. Cíntia explicou que a Secretaria de Educação já elaborou um plano de ação, que foi disponibilizado aos diretores. Porém, ainda precisa ser aprovado pela comunidade escolar e pela Comissão de Educação na Câmara Municipal. E em seguida, os espaços físicos das escolas precisam ser adaptados. Somente depois pode-se estipular uma data de retorno.
A lista de protocolos é extensa; a começar pelas salas de aula, que precisam ser adequadas, dispondo as carteiras de modo a não provocar aglomeração. Também é necessário projetar outros espaços de grande movimento. “A questão dos banheiros, como vai ser essa marcação, como vamos minimizar essa movimentação. Temos também a hora da merenda, como vamos fazer essa movimentação durante as refeições”, destacou.
A secretária citou, ainda, o transporte escolar. “Essa é uma sinalização que fazemos, porque temos que manter a distância também dentro do veículo escolar. São várias linhas que temos no nosso município, tem uma entrada muito ampla de estudantes que vêm da zona rural. Então, temos que essa marcação muito grande dentro dessas áreas”, ressaltou.
Ao final da entrevista, Cíntia afirmou que o retorno é essencial, principalmente por questões psicológicas e de aprimoramento do processo educativo. Mas reforça que a biossegurança de todos é prioridade no momento. Que enquanto as aulas presenciais não voltam, os educadores dão sequência ao ensino remoto, utilizando todas as ferramentas possíveis para manter a qualidade do aprendizado.
