Emboabas

Saiba qual o risco de ser infectado pela Covid-19 pela segunda vez

Foto: Reprodução

Muita gente que já passou pela Covid-19 tem a sensação de que ganhou o “passaporte da liberdade”. Afinal de contas, se o organismo combateu o vírus, anticorpos foram gerados, então, não há risco de ser infectado novamente. Não! É preciso cautela, pois a história não é bem assim.


Por ser uma doença nova, os estudos sobre a possibilidade de reinfecção pelo coronavírus ainda não são concretos. Mas já está comprovado cientificamente que é possível pegar o vírus mais de uma vez. Inclusive, em São João del-Rei, há relatos de pessoas que testaram positivo por duas vezes, como explica a enfermeira do setor de epidemiologia, Eliene Freitas. “Sobre a reinfecção, existe relatos de pessoas que já tiveram Covid-19 e já testaram positivo para a Covid-19 em outras datas e voltaram a testar positivo para a Covid-19”, explica.


Apesar dos exames terem indicado positividade para Covid-19 pela segunda vez, a reinfecção não está oficialmente atestada. É que essa confirmação é complexa. O exame deve ser avaliado por instituições especializadas, que levam em consideração diferentes fatores para ter certeza de que se trata de uma reinfecção.


Eliene disse que um desses diagnósticos obtidos na cidade foi enviado para Belo Horizonte. “Tivemos um caso que encaminhamos a amostra para Belo Horizonte para fazer essa conclusão através de parâmetro ciclo biológico, com conclusão de laboratório. Porém não tivermos retorno dessa informação ainda. Nó observamos que a pessoa já ter tido a doença em algum momento já esteja imune e não venha a adoecer”, esclarece.


O real risco de reinfecção ainda é incerto. Tudo indica, segundo pesquisas preliminares, ser um evento raro. Porém, duas questões acendem um alerta. Os anticorpos produzidos pelo corpo durante o contato com o vírus caem ao longo tempo. Eles permanecem fortes pelo período de três a quatro meses, tendo uma redução significativa após 11 meses. Ou seja, a pessoa volta a ficar vulnerável.


Mais um ponto preocupante é a chegada das novas variantes. Há indícios de que os anticorpos podem ter mais dificuldade para combater o vírus modificado, as cepas; principalmente a variante delta, originária da Índia, considerada mais agressiva. Merecem atenção, também, as cepas gama, de Manaus, e a beta, da África do Sul.
Resumindo, por mais que a pessoa já tenha sido infectada pela Covid-19, os cuidados precisam continuar. Os protocolos são os mesmos, uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel.

Sair da versão mobile