Desde o início da Campanha de Vacinação contra a Covid-19, relatos de reações adversas simples têm sido comuns. Principalmente, por quem tomou a vacina AstraZeneca, produzida pela Universidade de Oxford em parceira com a FioCruz. De acordo com estudos da Fundação, uma em cada cinco pessoas apresentaram sintomas, como febre, fadiga e mal-estar, depois de receber a primeira dose.
A enfermeira do setor de epidemiologia de São João del-Rei, Eliene Freitas, confirma que existem esses relatos no município, mas não em grande escala levando em consideração o número de doses aplicadas. “A gente fala que não seria necessariamente uma quantidade significativa dentro de um contexto diário de aplicação de vacinas porque é muita coisa. Então eventos comuns e esperados como uma dor no corpo, uma dor local. As pessoas relatam ainda uma dor de cabeça, alguns um período febril, de todos esses que podem surgir nas primeiras 24 horas até 48 horas. Não precisa de grandes intervenções médicas para que isso melhore de uma forma mais tranquila”.
Reações como essas são normais. Inclusive, estão indicadas na bula da vacina como possíveis. São uma resposta imunológica. Isso significa que o imunizante está fazendo efeito e que o corpo iniciou a produção de anticorpos para combater o vírus. Mas é importante ressaltar que cada organismo reage de uma forma. Ou seja, se uma pessoa não teve nenhum sintoma, não quer dizer que a vacina não fez efeito. “A resposta do nosso corpo é também através dessa questão dos sintomas. Então esses sintomas não deixam de ser um estímulo que está acontecendo com a aplicação daquela vacina, para que a gente comece a produzir os anticorpos. Isso não quer dizer que quem não tem algum sintoma, não está produzindo imunidade, não tem essa relação. Mas todo imunizante existe a possibilidade de gerar um evento ou outro; alguns não vão sentir nada”.
Tanto a Fundação Oswaldo Cruz quanto a Sociedade Brasileira de Imunizações recomendam o uso de antitérmicos e analgésicos para aliviar febre e dores provocadas pela vacina. Claro, se a pessoa não tiver contraindicações a esses medicamentos. E não há que se preocupar; remédios preventivos a reações não alteram a eficácia do imunizante.
Eliene Freitas alerta, porém, que caso algum evento fora da normalidade ocorra, que seja comunicado de imediato a Secretaria de Saúde, pelo 3379-1555.