O Hospital Nossa Senhora das Mercês está atuando com lotação máxima nos atendimentos a pacientes com covid-19, desde o mês de março. Para aliviar a situação, a casa de saúde inaugurou dez novos leitos clínicos para atendimento a pacientes que receberam alta UTI Covid-19 e que ainda não possuem condições de retornar para casa ou para uma enfermaria convencional. E por esse motivo, necessitam de um atendimento com foco na reabilitação, a chamada a UCP – Unidade de Cuidados Prolongados. O diretor da instituição, Ricardo Camarano comenta sobre a nova ala. “A UCT foi pensada em razão justamente do aumento desse número de pacientes, para que houvesse uma rotatividade dos leitos. Os pacientes que já estão em um estágio um pouco mais avançado de recuperação, vão para UTI geral. Aqueles que estão em uma situação ainda melhor, vão para UCT. Eles ficam nessa unidade para ter um atendimento pré-alta.”
Pacientes da UTI Covid-19 serão transferidos para o local, somente após o término do período de transmissão do vírus e diante da necessidade de um atendimento contínuo em razão das complicações da doença. Ricardo Camarano completa os atendimentos que serão oferecidos aos pacientes na UCP. “A gente observa que as vezes tem alguns pacientes que ficam com uma permanência muito longa. Um paciente que pode sair do leito de UTI, ele vai para essa unidade, vai receber um atendimento com médico, psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapia e enfermagem. E enquanto isso vamos liberar vaga para que outros pacientes possam ocupar a UTI.”
Questionado sobre um aumento da demanda de atendimento, o diretor garantiu que a instituição conta com mão de obra suficiente para o atendimento de todos os pacientes. “Embora a nossa equipe esteja bastante saturada, porque a gente já vai vivendo praticamente 14 meses de pandemia e com a equipe trabalhando incansavelmente nesse período todo. Mas, fora isso, nós não temos dificuldade com mão de obra, se mantiver a atual demanda. A nossa preocupação é se essa demanda aumentar, realmente há uma escassez de profissionais no mercado de trabalho. Mas por enquanto nós estamos conseguindo. Ainda que com essa dificuldade, principalmente de cansaço da equipe, em razão do próprio estresse do cuidado da doença, que exige muito do profissional, mas estamos conseguindo manter.”
Ainda de acordo com Ricardo, a ala será para pacientes da própria instituição e também para pacientes de outras unidades de saúde. A instituição já conta com 20 leitos de UTI via SUS e dois leitos via convênio ou particular para pacientes com covid-19.