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Associação de Pais de Autistas de SJDR acolhe famílias e conscientiza a sociedade

Foto: Reprodução

Uma vida cheia de possibilidades. É o que a Aspas – Associação de Pais de Autistas de São João del-Rei quer proporcionar àqueles diagnosticados com o TEA – Transtorno do Espectro Autista. Fundada em 2019, tudo começou pelo whatsapp. Pais se reuniram em um grupo e promoveram o primeiro encontro de conscientização sobre o autismo. O evento foi um sucesso, mas era preciso ir além. O relato é de uma das integrantes, Daniele Muffato. “Até então nós éramos apenas um grupos de pais. Nós fizemos umas camisas para a gente e vendemos 200 camisas, vendemos adesivos. Dessa venda, a gente decidiu criar a associação. Porque a gente tinha uma dúvida, se os números constavam esses autistas, quem eram, a gente tem muito ou pouco autista, como está na nossa cidade, porque a gente não tinha um controle disso.”

Desde então, muito trabalho e inúmeras conquistas. Pais de portadores do TEA que lutavam sozinhos para dar mais qualidade de vida aos filhos tiveram acesso a um novo mundo. E o principal, foram acolhidos por pessoas que conheciam bem suas realidades.

Daniele conta que com a união de forças a Aspas cresceu e hoje apoia famílias e orienta a própria sociedade com informações valiosas. “Fazemos o trabalho de acolhimento dos pais. O atendimento psicológico para os pais com as duas universidades, tanto com o UNIPTAN quanto com a UFSJ. O projeto da UFSJ desde 2019 atende os pais e o do UNIPTAN começou esse ano de 2021. A gente tem o acompanhamento para os pais, para as suas famílias, divulgação da causa na internet. No nosso grupo do Whatsapp, a gente traz informações sobre os direitos dos autistas, trazemos informações de como conseguir terapias através dos planos de saúde, dentro de São João del-Rei o que nós temos de atendimento para esses meninos.”  

Inclusive, iluminar famílias com informações é o maior feito da Associação até agora. “Eu acho que o que a gente fez de mais importante é acolher essas famílias, mostrar para eles que existe uma vida pós diagnóstico, que os meninos conseguem crescer, evoluir e ir para a escola. Há treze anos atrás, eu não conhecia absolutamente nenhuma família de autista, eu nunca tinha visto um autista.  Então, eu acho que é o maior movimento que nós fizemos hoje. Quer dizer, esse meu filho é autista, eu luto pela vaga dele no colégio e ele têm direitos.”

Os sonhos não param por aí. A intenção do grupo é, futuramente, poder oferecer um tratamento completo para os autistas da cidade, e que o centro se torne referência. A Aspas, atualmente, possui uma sede no bairro Dom Bosco, a rua Bento Ernesto, número 147. Interessados em conhecer, contribuir ou fazer parte da Associação.

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