A automedicação, especialmente nesse momento de pandemia, tem preocupado autoridades sanitárias em todo o mundo. Por isso, no dia 6 de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, emitiu uma nota alertando sobre os riscos dessa prática. Segundo a Anvisa, a receita médica é feita a partir de critérios técnico-científicos, de acordo com o paciente e o conhecimento da doença.
A farmacêutica são-jaonense Lívia Taroco ressalta que o médico e o farmacêutico podem orientam em caso de dúvidas: “O Brasil é um dos países que mais pratica a automedicação no mundo. Isso é prejudicial porque a pessoal pode ter um efeito adverso daquele medicamento, porque não teve uma orientação do médico ou do farmacêutico. Porque nós, na drogaria, a gente pode também auxiliar o médico nesta parte”.
Ela reforça que o profissional de saúde é capacitado para ajudar, de forma a promover a saúde. “Então, a gente pode fazer uma orientação, explicar para que é o medicamento, o porquê a pessoa vai usar. A gente pode até questionar isso no balcão da drogaria, para que o consumidor e paciente não faça o uso errado e não tenha prejuízos na saúde.”
Para se ter uma ideia da dimensão e da gravidade do problema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Além disso, metade de todos os pacientes não faz uso dos medicamentos corretamente.
Vale lembrar que inclusive em casos de sintomas da Covid-19, o médico deve ser consultado e que o tratamento depende de cada paciente e gravidade do caso.