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Diagnóstico precoce e tratamento correto podem melhorar qualidade de vida do paciente com Alzheimer

Foto: Divulgação

No Brasil, 1,5 milhão de habitantes já foram diagnosticados com o Alzheimer. Especialistas da Academia Brasileira de Neurologia alertam que esse número pode aumentar em até quatro vezes nos próximos 30 anos.  O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, uma das mais frequentes que existem na espécie humana.

O médico em formação pela UFSJ e membro do projeto “Eu Como Cultura”, Vinícius Resende, detalhou como a doença pode afetar a vida das pessoas. “O Alzheimer ele acomete os pacientes com mais de 65 anos, com o prejuízo das atividades de vida diárias. Isso é, a capacidade de realizar atividades como preparar o próprio alimento, usar o telefone e pagar contas. Chegando mesmo no final, a pessoa começa a ter uma limitação para se alimentar, tomar banho, aí a pessoa já fica totalmente dependente. Então, ela começa sútil. A panela começa a queimar, com o tempo ela vai perdendo as chaves de casa e isso vai só piorando. Então, é uma perda progressiva da capacidade cerebral do indivíduo.”

Os sintomas aparecem devagarinho. Os que estão por perto devem ficar atentos a essas pequenas indicações. “No início, a pessoa pode começar a apresentar algumas apatias, uma falta de interesse. O Alzheimer vai fazendo com que o paciente comece a perder a memória mais recente, ou seja, aquela mais antiga é preservada. O idoso ele lembra dos acontecimentos da juventude, mas muitas vezes não lembra o que comeu no almoço. O paciente também pode começar a apresentar alguns transtornos de personalidade, com uma labilidade emocional. Com isso, ele começa a ficar irritado, agressivo, ou muitas vezes o idoso começa a ficar até meio desinibido, ele começa a falar algumas coisas que não era do seu tipo.”

É importante observar os primeiros indícios para que o diagnóstico correto possa ser feito e o tratamento iniciado. De acordo com Vinícius, o tratamento tem como objetivo melhorar a qualidade de vida desses pacientes. “O tratamento médico vai consistir no uso de alguns medicamentos, que vão melhorar alguns hormônios dentro do cérebro da pessoa. Só que, como é uma doença gradativa e não tem cura, o tratamento vai sendo mais de suporte, de cuidados, buscando uma qualidade de vida melhor para esse idoso.”

Não há cura para o Alzheimer. Contudo, se iniciado o tratamento logo no estágio inicial, é possível que haja uma melhora dos sintomas, assim como a qualidade de vida do paciente.

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