Consumidores de todo o Brasil já estão sentindo no bolso os reajustes no preço do gás de cozinha. O produto já sofreu com o 2° aumento apenas neste ano de 2021. O preço do gás de cozinha (GLP) foi reajustado em 5,05% nas refinarias da Petrobras. Entretanto, a elevação para o consumidor final pode ser ainda maior, uma vez que as distribuidoras e revendedoras podem repassar de formas diferentes.
Para entender os motivos dos recorrentes reajustes do produto, conversamos com o professor economista da Universidade Federal de São João del-Rei, a UFSJ, Douglas Ferreira. “Esses aumentos atuais seguem uma nova política de reajuste de preços que foi iniciada no governo Bolsonaro, cuja mudanças nos preços passaram a seguir as oscilações do mercado internacional de petróleo. Então, o atual cenário é que uma alta no preço do petróleo, em função dos efeitos da pandemia. Concomitante a esse aumento do preço do petróleo, nós temos uma elevação também no preço do gás de cozinha, o que tende a comprometer ainda mais o orçamento das famílias, sobretudo de renda mais baixa.”
Douglas também analisou o impacto desses reajustes para a economia local. “Quando a gente analisa a economia local para as famílias são-joanenses, a situação é ainda mais crítica. Os atuais aumentos, somam-se as constantes altas verificadas no custo das cestas básicas na cidade. Para se ter uma ideia, em 2020, nós fechamos com uma alta acumulada de 26%, o que representa um aumento de R$92,85.”
Os novos preços não consideram impostos nem outros custos das cadeias de distribuição e revenda. Em consequência disso, o valor do produto até a compra final, acaba sendo maior que o praticado nas refinarias. Contudo, o consumidor deve ficar atento a possíveis cobranças abusivas. Se for o caso, é possível denunciá-las ao Procon. O telefone de contato da unidade de São João del-Rei é o (32) 3373-5474.