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Profissional fala sobre o uso de medicamentos no tratamento da depressão

Foto: Reprodução

Em janeiro deste ano, um estudo de uma empresa líder em inteligência de dados e serviços de gestão no setor de saúde revelou que, de 2014 a 2018, o consumo de antidepressivos cresceu 23% no Brasil. Realizado junto a 327 mil clientes da companhia, de todas as regiões do país, o levantamento concluiu que o maior consumo desse tipo de medicamento está entre mulheres na faixa de 40 anos. A crescente do uso de medicamentos acompanha o também aumento de pessoas diagnosticadas com a doença. O psiquiatra Pedro Catizane fala sobre o uso da medicação para tratamento da depressão.

“A depressão é uma doença. Então, a gente sabe que o cérebro da pessoa passa a não produzir algumas substâncias específicas. Essas substâncias que dão aquela sensação de prazer, de bem estar e de energia. Então, se a pessoa não está produzindo essas substâncias, ela vem a ter a depressão com todos aqueles sintomas como tristeza, choro e falta dessa energia. Então, tratando-se de uma doença temos tratamentos com medicações. O cérebro é um órgão que adoece, assim como temos as doenças do fígado e do coração. É bom falar isso para que familiares e companheiros não fiquem culpando quem tem depressão, não é uma escolha, é uma doença. Sendo uma doença, nós temos um arsenal de medicações para ajudar esse paciente.”

Pedro também explica que o uso da medicação na maioria das vezes é temporária, mas precisa ser acompanhado por um profissional.

“É um tratamento que tem que ter início, meio e fim. Então, quando a gente inicia as medicações, os estudos médicos mostram que temos que tratar o paciente por no mínimo seis meses. Então, mesmo que o paciente esteja tomando a medicação por dois meses, melhore completamente e esteja bem, você não pode tirar a medicação. Porque, isso aumenta o risco de recair, as vezes essas recaídas se tornam piores que o quadro anterior.”

O profissional também destaca que além de medicamentos, existem outras ações que em conjunto ajudam no tratamento do paciente.

“As atividades físicas proporcionam a liberação das substâncias que trazem bem estar e prazer. Lembrando que são as atividades físicas aeróbicas, como a caminhada, corrida e natação, onde tem aquele gasto energético. Então, se o paciente pratica três vezes por semana, que seja por meia hora, já melhora muito no desfecho da doença e no tratamento. Alimentação saudável, atividade física, terapia e medicação são a base para um tratamento bem sucedido. Isso a nível mundial.”

Além de matérias nas edições do Jornal Emboabas, a Rádio Emboabas está realizando uma série de podcasts sobre o assunto. Os episódios vão ar semanalmente as quartas às 22h30 com reprise no domingo às 18h. Também é possível acessar o conteúdo em nosso site na área de podcasts: emboabas.com.

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