Já se tornou meta de vida. Ter uma noite de sono leve é uma realidade distante para muita gente. Estimativa da Associação Brasileira do Sono aponta que 73 milhões de pessoas no país não conseguiram dormir em 2017. E no ano de 2018, os brasileiros consumiram 56,6 milhões de caixas de remédios para ansiedade e indução do sono. A médica de comunidade e família Tatiana Miranda, professora dos cursos de medicina da UFSJ e Uniptan, diz que os números impressionam. Que antes de recorrer aos remédios para dormir é preciso buscar a origem do problema da insônia.
“Ela pode estar relacionada com preocupações, ansiedade, alterações das atividades físicas, como aconteceu na pandemia que paramos de fazer atividades e paramos de sair, até mesmo para ir ao Supermercado. Além do consumo excessivo de álcool, café, outras drogas e também o uso alguns medicamentos.”
Ou seja, pode ser que tratando diretamente dessas questões, a problemática para adormecer vá embora. Tatiana alerta que a necessidade de medicamento deve ser diagnosticada somente por um médico. Isso porque a longo prazo podem provocar sequelas graves.
“Os estudos tem mostrado que esses medicamentos, além de reduzir a memória e a concentração, eles aumentam o risco de queda. Quando são usados por muito tempo, eles podem aumentar o risco de desenvolver demências na velhice.”
Significa que os soníferos são indicados em situações específicas. E antes vale apostar em outras alternativas. Evitar aparelhos eletrônicos pelo menos uma hora antes de ir para cama, não ingerir alimentos pesados à noite ou bebidas estimulantes, como café ou refrigerante. Prefira atividades relaxantes. Um exemplo é a leitura. E para acompanhar, um bom chá.
“Eu deixo uma dica preciosa: A gente pode voltar a usar os nossos chás! Por exemplo o chá de camomila, macela, erva cidreira, mulungu, lavanda, são alguns exemplos de chás que podem nos ajudar nesse processo do sono.”
Em relação às crianças que sofrem de insônia, muitas vezes o motivo é a rotina. A médica Tatiana orienta que os pequenos não permaneçam tanto tempo ligados à jogos eletrônicos. E sim que que gastem energia com atividades físicas e brincadeiras tradicionais.