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Educação alimentar deve começar na infância para evitar obesidade no futuro

Alto Índice de Massa Corpórea é indicador de risco de obesidade.

Dados do IBGE apontam que entre 2003 e 2019, o índice de brasileiros acima dos 20 anos considerado obeso mais do que dobrou. Saltou de 12,2% para 26,8%. O levantamento acendeu alerta máximo para a saúde do país. As mulheres foram as mais afetadas. Enquanto no início do período 14,5% delas estavam com excesso de gordura corporal, agora são 30,2%.

A nutricionista de São João del-Rei Ana Carolina Maia explica que uma pessoa pode ser classificada como obesa se obtiver IMC – Índice de Massa Corpórea maior que 30. Ela destaca que, de fato, os números são preocupantes. Pois a obesidade pode acarretar uma série de doenças. “Pode ocasionar diabetes tipo dois, gastrite, derrame, apneia, doenças do coração, pressão alta”, disse.

Esse acumulo descontrolado de gordura pode ser causado por diferentes fatores. Genética, sedentarismo, má alimentação pessoal ou até induzida pelos hábitos da família. Ana Carolina reforça que é preciso pensar melhor no que se come a cada dia e organizar a rotina. “Saber o que que você está comendo, se é uma proteína, um carboidrato ou folhosos. O prato deve ser colorido e também devemos comer de três em três horas”. Planejar, inclusive, o fim de semana, considerado o momento do “libera geral”. Ou seja, comer de tudo à vontade. Mas não é bem assim. “Não precisa ficar sem a pizza, o hambúrguer, a cerveja, mas é preciso colocar em uma rotina”, explica.

 Os pequenos também não estão de fora das estatísticas. O Panorama da Obesidade indica que um em cada três crianças e adolescentes está com excesso de peso ou obesidade. A educação alimentar, segundo a nutricionista, deve começar cedo para evitar problemas futuros. E a iniciativa de mudança precisa vir dos responsáveis. “As crianças devem ser educadas desde os seis meses, com a introdução alimentar, é preciso que ela tenha o contato com os alimentos, descobrir o que gosta e o que não gosta”. Uma dica valiosa para que a criançada tenha vontade de comer mais saudável é incluí-las no preparo dos alimentos.

Foto: Reprodução/Pixabay

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