Os dados da CNC – Confederação Nacional do Comércio são claros. Dois em cada dez desempregados devem ficar fora do mercado na próxima década por falta de qualificação. Em número, isso equivale a uma massa de mais de um milhão e 400 mil trabalhadores sem chances de realocação. A luta para conquistar uma vaga de emprego vai além da força de vontade. Estar preparado tecnicamente é outro fator primordial. Afinal de contas o mercado é dinâmico; está em constante transformação.
A psicóloga do trabalho e orientadora profissional de São João del-Rei, Cíntia Sampaio, relata que é comum encontrar candidatos mais preocupados com a imagem do que capacitação. “As pessoas investem muito na estética, mas a capacitação não deve ser deixada para segundo plano”, disse. E na trilha da qualificação, saber um pouco de tudo é até válido. Mas não se pode esquecer do foco, do objetivo maior. “É importante saber para onde está indo, a pessoa pode ter experiência em várias áreas, mas deve saber no que ela quer trabalhar”.
Só que existe uma habilidade que deve ser buscada por todos. É a comportamental. Ou seja, a capacidade de lidar com qualquer pessoa “Pessoas inseguras, tímidas ou muito centralizadoras que não sabem trabalhar em equipe são mais difíceis, porque não procura uma pessoa para um cargo especifico apenas mas para compor aquela equipe”. Em relação aos idiomas, grande parte dos processos seletivos solicitam hoje, pelo menos, o básico do inglês. Porém, antes de seguir para a língua estrangeira, o próprio português deve estar bem afiado.
E Cíntia lembra que não há como fugir das tecnologias. Elas são as novas condutoras do mundo profissional. Por isso, é indicado conhecer as redes sociais. “Para quem trabalha com público é muito importante e precisamos nos atualizar nas redes para não ficar de fora, até para aqueles que já são veteranos”, explica. As possibilidades para se qualificar são amplas. Plataformas online oferecem, de graça, formação em vários seguimentos. Dentre as mais acessadas estão: Sebrae, Fundação Bradesco, FGV, Senai, Senac e Fundação Estudar.
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