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Rotina de estudos para o Enem exige objetivos claros e muita motivação

ENEM 2020 – Foto: Reprodução Inep


A chegada do Enem – Exame Nacional do Ensino Médio é um dos momentos mais esperados por quem deseja conquistar uma vaga no ensino superior. A preparação para uma prova dividida em dois dias, que totaliza 180 questões e mais uma redação, é um desafio enorme. E ficou ainda maior com a pandemia. O setor educacional foi um dos mais afetados. Na maioria dos estados brasileiros, os alunos estão fora das salas de aula desde o final de março. Os candidatos, então, tentam se virar da maneira que podem. O professor na Impulso Acompanhamento de São João del-Rei, Mateus Zanitti, diz que ainda é tempo de estudar. Mas antes, é preciso ter duas respostas em mente.
“O primeiro passo para esse processo é descobrir qual o objetivo que a pessoa quer alcançar. Então, a primeira pergunta que um candidato tem que fazer antes de começar a estudar para o ENEM é “Por que você quer se preparar para o ENEM?”. E aí, quando você consegue responder essa pergunta, aí tem outra: “O que eu posso fazer, dentro das minhas condições, para eu poder me preparar bem para essa prova que está chegando?”
O percurso até o dia da prova é longo. Exige disposição física e mental, além de muita motivação. O material e a metodologia de estudo adotados podem pesar bastante. E possibilidades não faltam. Quem destaca é a professora também na Impulso Acompanhamento, Leiriana Gontijo.
“Tem os alunos que estão fazendo cursinho on-line, estão tendo aulas on-line, tem os professores para tirar dúvidas dos materiais, das plataformas, é muito conteúdo para aprofundar. Para aqueles que não estão fazendo cursinho, mas tem acesso à internet, tem lives, perfis no Instagram, canais no YouTube dos variados conteúdos de muita qualidade, que também podem ser acessados com muita facilidade, além dos aplicativos de simulação.”
A nova realidade do ensino à distância levantou questões importantes. Como oferecer uma educação igualitária, uma vez que o acesso às tecnologias ainda não é uma realidade para todas as famílias? A educadora reforça que na ausência de internet, a alternativa é recorrer aos meios tradicionais.
“Eu diria que usar os meios de acesso ao conhecimento mais tradicionais pode ajudar muito nesse momento, como as apostilas, os livros didáticos, as anotações, papel e caneta, a mão na massa mesmo. Mesmo com toda tecnologia, essas ainda são ferramentas muito potentes na hora de estudar. Além disso, muitos canais de TV abertas do governo estão inserindo programas educacionais, com esse objetivo de ajudar os estudantes e também de ser uma ferramenta a mais de estudos.”
Todos os anos, alunos e professores lançam suas apostas sobre como deve ser o exame e os conteúdos mais cobrados. Em relação à estrutura, Mateus avalia que os moldes seguem os mesmos.
“Eu acredito que o nível da prova não deve mudar, o INEP não deve facilitar nem dificultar nas provas desse ano. O que eu posso especular é que como todos nós estamos enfrentando essa dificuldade extra esse ano, que são as aulas on-line e a impossibilidade de uma turma com alunos, é que a média das notas da prova seja mais baixa que em anos anteriores. Se a média for mais baixa, não significa que vai ser mais fácil, passar na prova vai ser mais difícil.”
O educador também comenta que vão ter candidatos que estão no ensino médio e outros que já saíram há alguns anos da escola. E que isto deve deixar a concorrência mais justa. Vale lembrar que, em razão da pandemia, a versão impressa do Enem 2020 vai ser aplicada em 17 e 24 de janeiro, e a digital nos dias 31 de janeiro e 07 de fevereiro.

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