Todos os anos, no mês de setembro, acontece uma campanha mundial a fim de valorizar a vida, cuidar da saúde mental e prevenir o suicídio. Esse é o Setembro Amarelo. São diversas entidades que realizam ações de conscientização e apoio neste momento. Dr. Tatiana Miranda, médica da comunidade da família e professora dos cursos de medicina da UFSJ e do UNIPTAN, explica que o assunto deve ser debatido para que haja prevenção: “O principal é a gente nos observar. A gente deve ficar atento principalmente com mudanças de comportamento. Então, aquela pessoa que teve uma diminuição do autocuidado, ela não se cuida, deixou de cuidar do seu corpo, questões de higiene, uma pessoa que fazia atividade física e deixou de fazer, frequentava uma igreja e deixou de frequentar. E aí, quando a gente fala nessa questão de frequência, a gente fala do isolamento social para além desse isolamento que a gente fala como seguro por conta da pandemia, a pessoa não faz trocas como outras pessoas. A gente tem que pensar também em mudanças de humor, uma pessoa que era antes extrovertido se torna mais invocada.”
Alguns sinais podem servir de alerta, principalmente as mudanças de comportamento. Isso pode indicar que a pessoa está passando por um sofrimento mental: “51% dos casos de suicídio ocorrem dentro de casa aqui no Brasil. Mas, a gente acredita que 1 em cada 3 casos de suicídio cheguem ao serviço de saúde. Isso faz com que os nossos dados sobre esse comportamento específico, eles sejam dados super essenciais. Daí a importância de a gente sensibilizar, da gente falar sobre o suicídio. Suicídio é um problema de todos e de todas. É importante que a gente abra espaço para falar sobre esse tema dentro das nossas casas, nas escolas, na rádio. Porque existem diversos fatores envolvidos na questão do suicídio. Por isso que a gente fala que ele é multifatorial e muito complexo.”
Caso a pessoa enfrente um momento delicado, deve pedir ajuda tanto à família quanto a um profissional da saúde. Em casos de urgência, existe também o CVV – Centro de Valorização da Vida. Basta ligar 188 e conversar com um voluntário capacitado a ajudar no momento.