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Funcionários dos Correios entram em greve e reivindicam renovação de acordo trabalhista

Funcionários da ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos estão em greve por tempo indeterminado. A paralisação de mais de 100 mil trabalhadores no país teve início no último dia 18. A categoria alega não receber os privilégios que a empresa tem amplamente divulgado. Que os benefícios disponíveis atualmente são resultado de muitas lutas e demissões. De acordo com o Sintec – Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Zona da Mata e Campo das Vertentes, os funcionários estão sem acordo trabalhista desde o final do mês passado. É que o contrato precisa de renovação anual. Mas os Correios estaria negando a negociação. Quem explica os detalhes é a diretora jurídica do Sintec, Conceição Alves.

“O nosso acordo é anual, vencimento todo ano dia 31 de julho. No ano de 2019, a empresa protocolizou um dissídio e o TST decidiu que o nosso acordo valeria por dois anos. Só que a empresa não respeitou a decisão do TST e levou isso para o Supremo.”

A diretora afirma que o foco da reivindicação não é o aumento salarial, mas sim o fechamento do acordo. Sem a assinatura do documento, de imediato, 70 clausulas que tratam dos direitos trabalhistas são retirados. Conceição destaca alguns dos mais importantes.

“A questão do adicional de periculosidade para o carteiro, a cláusula de acompanhante para filhos menores. A gente tem é 6 dias ou 12 períodos para acompanhar filho em médico. A questão do auxílio para filhos com necessidades especiais. A diminuição do ticket no valor. A questão de poder discutir a multa de trânsito dos motorizados, que eles não sejam responsabilizados.”

Ainda segundo o Sintec, várias tentativas de contato com a empresa foram feitas. Porém, até agora, sem sucesso. Outra demanda é a disponibilização de EPIs – Equipamentos de Proteção Individual aos funcionários para prevenir a Covid-19. O material à disposição hoje foi conseguido apenas por intervenção na justiça.

“Os Correios não disponibilizaram EPI’s básicos, como máscara e álcool em gel. Foi preciso os Sindicatos entrarem na justiça para que os Correios disponibilizassem esse tipo de EPI.”

Como os Correios são considerados serviço essencial, as atividades não podem ser totalmente interrompidas. Pequena parte dos trabalhadores continuam ativos. Como o contingente está reduzido, a entrega de encomendas pode atrasar.

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