Talvez o período de pandemia seja um dos mais desafiadores já enfrentados por comerciantes e empresários. No acumulado de março e abril deste ano, a queda nas vendas do varejo brasileiro foi de mais de 19%. Projeção jamais imaginada por quem celebrava o sucesso dos resultados obtidos no último natal. Em maio, uma escalada surpresa. As vendas subiram 14,4%. E no mês de junho, outro saldo positivo. Alta de 8%. Os dados são do IBGE – Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística. Apesar do sinal de recuperação, o cenário, em São João del-Rei, não é de estabilidade. Quem avalia é o presidente da ACI – Associação Comercial, José Egídio de Carvalho.
“O que nós temos observado são altos e baixos. Há uma oscilação muito grande nas atividades. Nós não temos tido uma estabilidade nas vendas. Muito pelo contrário, as vendas estão cheias de altos e baixos. Mas isso é normal, são vários fatores que contribuem para esta anormalidade. Estamos todos em fase de readaptação. A reabertura é um grande desafio.”
Na cidade histórica a reabertura do comércio ocorreu em primeiro de agosto. A retomada seguiu os protocolos do programa Minas Consciente, do governo estadual. Para a ACI del-Rei, um alívio. Isso porque comerciários viram a volta do fluxo de caixa e o reacionamento do ciclo econômico local.
“O empresário São-Joanense, o empresário daqui de São João del-Rei, que são muitos. Eles investem em São João del-Rei. São pessoas que fazem a reversão desse lucro de suas atividades, em outros empreendimentos, que continuam a fazer circular a roda da economia. Então, é muito importante, principalmente nesse momento, que o São-Joanense dê preferência ao comércio local.”
O presidente ainda destaque que o momento pede união. Que a comunidade dê preferência para as compras no município. É fortalecendo as micro e pequenas empresas que os postos de trabalho vão ser preservados.
“Quando você vai as compras, e prestigia o comércio local, você pode ter certeza absoluta, que você está ajudando gerar riqueza, ajudando a gerar impostos, que são contribuições para a prefeitura e para o estado. E também, está garantindo mais empregos. Quanto maior o número de empregados nós tivermos, menor serão os problemas sociais. Disso eu não tenho dúvida e creio que o ouvinte também não, de que emprego é uma coisa sagrada.”
Levantamento do Sebrae indica que as pequenas empresas são as que mais geram emprego com carteira assinada no Brasil, representando 54% das vagas formais no país.